sábado, 8 de dezembro de 2018

A Inauguração da Escola Dr. Renato Medrado

Ao amanhecer do dia 11 de março de 1934, a Vila amanheceu com aspecto festivo, primando entre artística engalanagem, majestoso arco triunfal, levando em frente ao Prédio Escolar e cujo cimo si lia expressiva legenda “ Salve Juracy Magalhães!”. Em todas ruas mais importantes se via elegante embandeira mento e o povo se movimentado para assistir o ato solene da inauguração. Ao meio-dia, vindo a Zona de Nazaré, aproveitando o longo trecho da rodovia já construindo, apontava a esta Vila, o Dr. Álvaro Navarro Ramos, digníssimo Secretario da Agricultura do estado, que vinha aguardar do Sr. Interventor. Por cerca de 14:00h S. Excia. O Camp. Juracy Magalhães, era festivamente recebido nesta Vila pelas autoridades da comuna e grande massa popular que prorrompeu em uníssonos vivas à mais alta autoridade estadual. Os colégios, com respectivas titulares e com elegante vestimenta compareceram com cerca de 180 alunos, dando mais otimista impressão de galhardia e disciplina.
Em frente ao Prédio Dr. Renato Medrado, e em nome do Diretor saudou S. Excia o venerado Dr. Teófilo Pinheiro digno Presidente do Partido Social Democrático local. Sendo felicíssimo em sua brilhante oração. Depois usou da palavra em importante discurso que deixou a melhor das impressões, o Cel. Carlos Moura, esforçado prefeito deste município, que em nome de seus munícipes agradeceu ao Cap. Juracy, o apoio dado a realização daquela obra e o convidou a cortar a fita simbólica e penetrar no edifício para o ato inaugural. S. Excia cortou a fita que vedava a entrada principal e acompanhado pelos os presentes sobe escadaria sob a intensa chuva de flores e confetes atirados pelas mãos gentis da infância de São Felipe, agradecida ao benemérito Chefe do Estado. Dentro, em um salão o Dez. Cirilo Leal, saudou a S. Excia como orador oficial da solenidade o Dr. Cézar Caldas, que em longo e vibrante discurso falou das diversas fases da construção do Prédio; das virtudes cívicas do nosso conterrânea Dr. Renato Medrado, paraninfo do Prédio em inauguração; da ação dos governos municipais e estaduais que realizarão a efetivação e a doação a este povo de mais um suntuoso edifício a embelezar nossas urbes, terminou saudando ao Interventor que, em seguida, usou a palavra e longamente falou o seu governo; da impressão que recebera inaugurando casa da instrução e elogiando a ação do prefeito que muito se esforçara para terminação do prédio há muito iniciado e com as obras paralisada a bastante tempo. As suas últimas palavras foram abafadas com estrepitosa salva de palmas e com os acodes “A Lira Sanfelipense”, que envergando seu custoso fardamento tomou parte em todos os atos solenes da inauguração. Também em nome do professorado, discursou a Professora Maria Itaparica, que dou bastante aplaudida. Depois foram percorrida todas as outras salas e gabinete, providos de ótimos mobiliário escolar, em 
novo estilo. Logo depois movimentou-se imenso préstito em direção da residência Cel. Prefeito onde foram servidas Champanhe e outras bebida finas, detendo-se os convivas e vivas palestras ate 17:00h, quando o Cap. Interventor Benemérito de São Felipe, deixou esta Vila, debaixo de grandes aclamações populares.
Novamente com os colégios reorganizou-se préstito que rumou ao Prédio, onde com as escolas formadas em grandes quadrado, foi ao som do Hino Nacional cantado pelas as crianças e executado pela Lira, efetuada a cerimonia do arreamento das bandeiras auriverde e baiana, que desde cedo tremulavam nos mastros no Prédio Escolar Dr. Renato Medrado.

“ O administrador honesto tem que apetar as mãos calejadas do homem rústico, dobrando sobre acaharrua, tostada pela canícula e confronte a gotejar o suor do trabalho honrado, para sentir com ele as mesmas alegrias do amanho fecundo da terra. Nisso esta êxito de uma grande sabedoria.
Sem o povo, o que vale os governantes? 
Nada. E o lavrador, o camponês, o sertanejo que concorre para a grandeza da pátria e o prestígio de seus homens. Na Roma remota, “scipião Nazia, candidato a Curuí romana, porque apertando a mão do certo cidadão cale gracejando, se estava acostumado a andar com as mãos”, foi abatido nas eleições pelas 31 tribus rústica, que a compreendiam os habitantes da campanha romana. “E assim, senhores, será sempre pelos os brasileiros dos campos combatidos pelos governos que se afastar do convívio, negando-lhes assistência ao trabalho, instrução aos seus filhos e saúde a sua gente.”
                            
Trecho da oração oficial lida pelo nosso Diretor, no ato da inauguração do Prédio Escolar.

São Felipe anexado ao município de Maragojipe

                          Protestamos!


  Não há dúvidas que o movimento outubrista tão necessário como bandeira de reivindicação desvirtuou-se estupidamente. Sim. Estamos certos nessa alternativa. Certíssimos. Quem procurar estudar nos seus moldes a nova organização municipal, terá com certeza os olhos pasmados de espanto, vendo coisas verdadeiramente absurdas...
  Não pretendemos atacar ninguém. Queremos apenas evidenciar a falta de orientação e critério que ate certo ponto presidiu essa questão de anexar municípios. O nosso caso é um exemplo frisante.
São Felipe, município próspero, de organização administrativa perfeita, de passado histórico dos mais notáveis, possuidor de fontes de riquezas importantes, tais como o café e o fumo, acaba de ser anexado a Maragojipe. É ate paradoxal que São Felipe seja anexado a Maragojipe se todos nós sabemos que em matéria de organização e prpgresso a “ a terra das palmeiras” está muito aquém de São Felipe, devido o descaso dos seus governos passados. E não é somente isso. Não sabemos e não nos é possível de atinar com a causa de tal anexação, por isso que há mais de 50 anos possuímos vida própria.
Além disso, as nossas rendas sobem a mais de 50 contos anuais.
      Agora como explicar que o Sr. Secretario do Interior fechando os olhos a tudo isso venha juntar São Felipe a Maragojipe? Com franqueza não aplaudimos semelhante absurdo!
    Mesmo que basta analisar a índole do nosso povo, para compreender que o Sr. Bernardinho de Souza não vacilou em contrariar opiniões, em desorganizar o que estava organizado, anarquizando a vida dos dois municípios anexados. Eis um ponto de vista verdadeiro. Os dirigentes da esbandalhada máquina administrativa do Estado, não estudaram as possibilidades econômicas dos dois municípios, pois se não teriam feito esta justiça. Não fazemos política. Absolutamente. Realizamos tão somente o que o povo de São Felipe exige, isto é, mandamos daqui o nosso protesto consciente, enérgico e vibrante. Protesto dos filhos de uma terra que sempre viveu autônoma e independente. Desde os velhos tempos da monarquia até hoje, temos tido a nossa liberdade admirativa, nossa razão de ser de independência política. É este o motivo sincero do nosso protesto contra semelhante absurdo, contra tamanho atentado aos brios e a dignidade do povo de São Felipe. Esperamos que o Dr. Interventor Federal com o seu alto critério e descortino mental, venha a compreender este grande erro. Por isso, daqui da nossa tenda de trabalhos, levantamos bem alto o nosso brado de revolta: - Protestamos! Protestamos!

O 1° RÁDIO EM SÃO FELIPE


O primeiro rádio chegou em nossa cidade no dia 16 de fevereiro de 1935, sendo proprietário o Rvm°. Vigário Padre Arnulfo Sena.


Imagem ilustrativa

JORNAL SEMENARIO “ESCUDO SOCIAL”


No dia 19 de setembro do ano de 1901 até o final da década de 30, era uns dos meios de comunicações mais importante do nosso município, usando sempre o lema “ Deus e Pátria”, seu fundador foi o Cônego José Lourenço e o seu Redator Chefe Bartolomeu Queiroz e Dr. Cézar Caldas e como Diretor Geral Sr. Gumercindo Genis Ferreira. Pois trazia fatos importantes e curiosos que ficaram na história de nosso município.

Julindo Cristóvão de Oliveira Costa

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Fazendeiro e Empresário, nasceu em 25 de setembro, na cidade de Conceição da Feira (Antigo Distrito de Cachoeira), filho do senhor Hermenegildo Justiniano da Costa e Dona Maria Amélia Oliveira Costa, assumiu o cargo de Prefeito de São Felipe no mandato de 1942 a 1945, sendo até hoje o Prefeito mais novo a assumir a um mandato em nosso município. Casou-se em 15 de março de 1947, com a Senhora Professora Rita de Jesus Borba Costa. O Senhor Julindo Costa, como é mais conhecido pelo povo, foi o primeiro a instalar no município um Cinema de boa qualidade no início da década de 50 e também o primeiro a colocar um Posto de Combustível “Posto São João” em nossa cidade.
      JULINDO COSTA Faleceu na madrugada de uma quinta-feira (10/07/2014)



Foto cedida por Eduardo Aguiar Moura

Raimundo dos Santos Ferreira


Nasceu em 31 de agosto de 1921, na localidade de Copioba Açu, fazendeiro e comerciante, filho do Sr. Pedro José Ferreira  e Dona Maria Opoliária Ferreira, era casado com a Sr.ª Neide de Carvalho Ferreira, exerceu o cargo de Delegado de Polícia do Município, entrou na vida política nos anos 50, se elegendo vereador e sendo o presidente da câmara municipal, foi eleito preito por dois mandatos nos anos de 1977 a 1983 e de 1989 a 1992. Faleceu no dia 23 de setembro de 1997.

domingo, 2 de dezembro de 2018

A IMPLATAÇÃO DO TELEGRAFO

No dia 10 de dezembro de 1928, às 17:00h, revestiu de grande solenidade a inauguração do Telegrafo, onde contaram com a presença de diversas pessoas importantes, com a do Dr. Dagoberto de Menezes, Chefe do Distrito Telegráfico; o Sr. Antônio Luna Araújo Góes, o Vigário Florêncio Vieira, que fez a benção solene do aparelho, terminando aos sons do Hino Nacional, sendo em seguida hasteada a Bandeira Nacional. Logo após seguiram com a palavra o Cel. Romulo Almeida, de Afonso Pena (Atual do Conceição do Almeida).
O padre Florêncio Vieira, e por último o Cel. Ceciliano Gusmão, que agradeceu em nome de São Felipe às congratulações e parabéns dos diversos oradores, aproveitando também a ocasião para prestar seu preito de gratidão que é a gratidão de São Felipe a todos aqueles que o auxiliaram na conquista de mais este benefício a esta Vila, destacando a presença do Dr. Wanderley Pinho, Dr. Degaberto  Menezes, Dr. Washington Luiz, Vital Soares e o Cel. Benvenuto Noya, sendo no final do ato da inauguração do Telegrafo, foi servido Champanhe por gentis cavalheiros e senhorinhas; logo após a Lyra sanfelipense executou bela harmonia, dando encerrada a solenidade. 

A INSTALAÇÃO DO TELEFONE


Inaugurou-se no dia 29 de outubro de 1932, o serviço telefônico da “Companhia Energia Elétrica da Bahia”, que teve como diretor nesta zona distrital o Dr. Gastão Pedreira.
Presente numerosa presenças de pessoas, desta e de outras localidades, o Sr. Cel. Carlos Moura, usou concisa palavras e inaugurou o serviço telefônico, que começou logo a funcionar, fazenda a comunicação de diversos lugares. Compartilhando de intensa alegria o povo sanfelipense, se sentiu satisfeito com esta inauguração.
Fizeram presença com pequenos discursos os Senhores: Dr. Edgar Tupinambá, Prefeito Afonso Pena (Atual Conceição do Almeida); José Rebouças, Sócio da firma Santos & Cia e o Dr. Gestão Pedreira.
 A Lyra Sanfelipense, abrilhantou o ato de inauguração; e na residência do Cel. Carlos Moura, foram oferecidos as pessoas presentes diversas bebidas.

sábado, 1 de dezembro de 2018

A CHEGADA DA ENERGIA ELETRICA


Em 1934, no governo de Cel. Carlos Moura, eram dados os progressos do trabalho de construção da Barragem do Rio Copioba, que dará força motriz a iluminação da Terra.
Foi uma obra que mereceu todo entusiasmo do povo sanfelipense. A prefeitura economizou verbas de iluminação, para emprega-las, intactas, na compra das turbinas, que farão jorrar luz, muita luz. A interventora auxiliou com o dinheiro empreendimento tão necessário a construção da barragem, sendo terminada a construção da Barragem ainda no Governo do Cel. Carlos Moura, e as turbinas só chegariam a ser instaladas no 1° governo do Sr. João da Cruz, sendo assim, inaugurada a energia elétrica, gerada na barragem. Na década de 60, no então prefeito o Sr. Laurentino Soares, desativou a usina elétrica, trazendo a energia da Usina de Paulo Afonso, com mais potência, pois é a mesma que nos fornece até hoje. A barragem passou a fornecer mais tarde água tratada a toda população, através da EMBASA.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Você sabia que já existiu uma agência do Banco Itaú em São Felipe?


Isso mesmo! A agência Funcionava na Praça Carlos Moura, na atual casa de Fabrício Cedraz.
Foi Inaugurada no dia 09/ 12/ 1976, onde realizava os serviços bancários convencionais daquele período, como pagamento dos funcionários públicos estaduais e federais (exceto o municipais que recebiam seus salários na tesouraria da prefeitura), pagamentos de contas de energia, água, telefone, dentre outros vários serviços.  Suas atividades foram encerrada no ano de 1987. Com a abertura da agencia Banco Brasil tornou-se inviável a permanência da agência do Itaú.
Alguns dos funcionários que fizeram parte da equipe daquela agencia:
Vivaldo Santos;
Angelica Correia;
Zito;
Domingos;
Rita Pinto
Dinha;
Conce;
Carlinhos;
Zinha;
Edinho.


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Casa na Vila caraípe


Construída no final do século XIX, residência térrea planta retangular, com dois corredores e apêndices de serviços. Fachada principal com sete janela em esquadrias dupla (guilhotina de vidro e folha cega interna) intercalada por duas portas.



Foto: Acervo, Eduardo Aguiar Moura.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Sobrado do Engenho do Medrado



      Foto acervo: Eduardo Aguiar Moura 


       Em junho de 1845, com 17 anos de idade Antonio Carlos da Rocha Medrado, na plenitude de sua juventude, adquire o Engenho de São Felipe, no município do mesmo, no Recôncavo Baiano, da denominação de Engenho Medrado, dedicando-se ao cultivo da cana-de-açúcar para a fabricação da cachaça. Era localizado na Baixa do Caraí, nas proximidades do Rio Caraí, construída no início do século XIX, casa-grande de relevante interesse arquitetônico.   Desenvolvida em dois níveis.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Sobrado do Engenho Caraípe


Ilustração: Ipan

Sobrado do Engenho Caraípe.


Era localizado na Fazenda Caraípe, na localidade da Vila Caraípe, construída no inicio do século 19, instalações agro-industrial, compreendendo casa-grande e engenho, conjugados. Um dos melhores exemplos nesse tipo de arquitetura frequente na banda ocidental do recôncavo.

O Engenho Caraípe, além das funções de
engenho, beneficiava o café.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Sobrado do Engenho Chaves


O Cruzeiro de ferro


Foi um presente dado ao povo sanfelipense, pelo Cônego José Lourenço, comemorando o início do século XX. O cruzeiro foi erguido em 1° de janeiro de 1901 na praça José Marcelino (onde hoje se encontra o Açougue Municipal) onde era celebrada a missa da passagem de ano. Sendo transferida mais tarde em 1942, no governo de Julindo Cristóvão de Oliveira Costa, para a praça Cônego José Lourenço em frente a Igreja Matriz, substituindo um cruzeiro de madeira. Atualmente o Cruzeiro se encontra guardado dentro da Igreja Matriz.

Igreja Matriz são Felipe e São Tiago


Foi criada como uma capela em 1681 e passou para a paróquia em 1718. Não existem documentos que comprovem a sua construção como Igreja.

domingo, 14 de outubro de 2018

Serra da Copioba



Serra da Copioba está localizada entre as localidades de Campos da Flores e Fazenda velha. Elevando-se cerca de 360 metros acima do nível do mar. Tem por pitoresco o fato de, subindo numa jaboticabeira, avistar, em dias ensolarados, a cidade do Salvador.

Prédio Escolar Dr. Renato Medrado


A sua construção foi iniciada no Governo de Dr. Góes Calmon e Intendente de nosso município Sr. Benvenuto Romulo Nóia, por volta de 1927. Por falta de verba a obra do Prédio ficou paralisado. Com a visita do Interventor Federal, fiscalizando o interior do Estado, e anotando as necessidades imperiosas que os municípios careciam, não deixou de voltar sua atenção sobre o Prédio paralisado, ameaçando ruína.  Com o advento Revolucionário tomou conta desta importante obra Sr. Carlos Moura e Albuquerque, que era o atual prefeito e o Governador do Estado Exm° Sr. Cap. Juracy Magalhães, que inauguraram o importante Prédio Escolar Dr. Renato Medrado, recebe este nome em homenagem ao Ilustre filho da Terra, médico assassinado covardemente porque alimentava ideias dos revolucionários de outubro de 30. O Prédio Escolar contém dois pavilhões, um em homenagem ao Dr. Gós Calmon e ou ao Cap. Juracy Magalhães, que contribuíram para esta grande realização.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Barragem e antigo Engenho do sr. Inácio Lordelo

Barragem e antigo Engenho do sr. Inácio Lordelo. Entre as comunidades do Chaves e Buri no município de São Felipe. Esse riacho é afluente do Rio Carais que por sua vez é afluente do Rio Jaguaripe. Construção do período da escravidão.



Foto 01: represa, do riacho afluente do rio Caraís





 Foto 02: um dos pilares do antigo engenho.

Foto 3: visão da área do antigo engenho com suas ruinas.












Foto 04: local da rodana
Vídeo das ruínas do Antigo engenho

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

SURGIMENTO, POVOAMENTO, INSTALAÇÃO DA VILA E A LEI DE 29 DEMAIO DE 1880 Nº 1.952


DO SURGIMENTO


No Reinado de d. João III, Rei de Portugal, foi Tomé de Souza nomeado 1° Governador do Brasil (1549-1553), aportando à Bahia a 29 de março de 1549. Por ordem da metrópole, organizou as bandeiras de penetração. Surgem os bandeirantes, homens arranjados que venciam os indígenas e dominava as terras que iam penetrando, procurando conhecer as madeiras existentes, observando a flora geral; as faunas plantaram cana de açúcar e cereais e criaram o primeiro gado. Fatigados, não hesitavam prosseguir na marcha, dando expansões aos seus sonhos de conquista.
No primeiro período da colonização abrangida o Jequitinhonha e o Paraguaçu, sendo dada no curso do Paraguaçu grandes sesmaria, avultando a de D. Álvaro da Costa, de dez léguas entre as barras do Paraguaçu e Jaguaripe. D. Álvaro da costa, filho de D. Duarte da Costa, 2° Governador Geral do Brasil (1553-1557), foi beneficiado por D. João III, atendendo aos relevantes serviços prestados por seu pai, dando-lhe a sesmaria citada e que fazia parte das terras da então conhecida Capitanias do Paraguaçu e Jaguaripes, que hoje faz parte as terras do município de São Felipe e municípios vizinhos.
Em 1562, no Governo de Men de Sá, 3° Governador Geral (1558-1572) no reinado de D. Sebastião, Vasco Rodrigues Caldas, organizou uma bandeira de 100 homens e penetrou pelo rio Paraguaçu, atingindo 70 léguas. Defrontou-se com os índios Tupinaés habitantes daqueles paragens, “ lutando com seus comandados contra indígenas bem armados e bons guerreiros”, morrendo muitos companheiros de chefe bandeirantes que lutado com bravura, foi obrigado a retroceder. Foia 2° bandeira e que tinha o objetivo de continuar o caminho de espinhosa da la bandeira. 
Nos anos de 1580 a 1590, sob o domínio espanhol no reinado de Felipe II da Espanha, Gabriel Soares organizou sua bandeira formada de 360 homens, e auxiliando pelo Governador Geral D. Francisco de Souza, partiu para Jaguaripe, onde tinha suas propriedades.
No caminho de Gabriel Soares, encontramos a Vila de São Bartolomeu de Maragogipe. Desmembrada que foi da freguesia da Nossa Senhora da Ajuda da Vila de Jaguaripe, que fica sete léguas para o sul, pelos anos de 1680. Foi criada Vila em 22 de fevereiro de 1724, pelo Ouvidor Geral da Comarca Pedro Gonçalves Cordeiro Pereira, com portaria do conde de Sabugosa – Vasco Fernandes Cézar de Menezes, Vice-Rei do estado, em virtude da ordem de S. Majestade, de 17 de Dezembro de 1693 (A Ordem Régia é de D. Pedro II – rei de Portugal e a data de criação da Vila é o reinado de D. João V).
Pelo Alvará Régio de 11 de abril de 1718 foi ciada a freguesia de São Felipe, Termo de Maragogipe.
No fim do século XVIII, no reinado de D. Maria I e D. Pedro II, no ano de 1780, a capitania da Bahia tinha uma população de 39.209 habitantes e de 10 freguesias, na Vila Maragogipe o seu território contava com 4 freguesia e 12.822 almas. Nesta freguesia esta a de São Felipe Termo de Maragogipe.
A Criação da Freguesia de São Felipe data do Reinado de D. João V.



DO POVOAMENTO

Em 1678, pouco tempo depois de haver Baião Parente pacifico a nação Maracás ou Maracans, que habitava os vales dos rios Paraguaçu e Jaguaripe, os irmãos Tiago e Felipe Dias Gato, parentes próximos de Bartolomeu Gato, grande fazendeiro em Maragogipe, partindo desta localidade, ocupam um aprazível sitio nas proximidades do rio Copioba, junto as margens d rio Pequi, edificando a primeira moradia e fazendo plantações. Em virtude da fertilidade das terras, os irmãos Felipe e Tiago Dias Gato aliciaram a vinda de outros moradores, que o fez aumentar o número de habitantes. Dentro em pouco, vendo crescer a povoação que havia fundado, cuidaram da ereção de um cruzeiro e da edificação de uma capela em 1681, sob a inovação dos apóstolos São Felipe e São Tiago, que se tornaram padroeiros da nossa localidade. Desde então, o pequeno povoado se tornou conhecido pela designação de São Felipe das Roças, tal a quantidade de lavouras de mandioca, fumo, cana de açúcar e cereais aí existentes. Mais tarde, talvez por terem verificado que as cabeceiras no rio Copioba não estavam muito longe do povoado, passaram a chama-la de São Felipe das Cabeceiras.
Como parte da freguesia de Maragogipe, criada em 1960, São Felipe foi crescendo até que foi elevado á freguesia em setembro de 1718, sob o governo de D. João V, sendo arcebispo da Bahia D. Sebastião Monteiro de Vide. Foi seu primeiro vigário o Padre Pedro Fernandes de Azevedo. Em face do seu grande desenvolvimento foi a povoação de São Felipe e território desmembrado de Maragogipe, pela lei provincial numero 1952 de 29 de maio de 1880, decretado pela Assembleia Legislativa Provincial e sancionada pelo Presidente da Província Dr. Antônio de Araújo Aragão Bulcão. Limites pela lei de 15 de julho de 1880: “Partindo da estrada Má Vida, onde se limita com Cruz das Almas, em direção à Cachoeira, até o rio Araçá, e daí até o rio Pilões, e por este abaixo até a estrada que passa junto a povoação de São Francisco da Mombaça, daí em linha reta até o lugar dominado Saco, e na mesma direção, atravessando pela venda de Idelfonso Branco das Neves, até a baixa entre as fazendas de Geraldo Francisco dos Reis e D. Febronia, viúva de José Bento de Simas, a encontrar o rio Cedro, e por este abaixo ao engenho Tista, que foi do finado Barão Nagé, e daí estrada direita ao rio Jaguaripe, até a passagem do Palma”.

Lei de 29 de maio de 1880 n° 1.952



Antônio de Araújo de Aragão Bulcão, Bacharel formado em ciências jurídicas e sociais, fidalgo cavalheiro da casa Imperial, comendador da Ordem de Cristo, Presidente da Província da Bahia, etc.:
Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa Provincial decretou e eu sancionei a Lei seguinte:
Art. 1° - fica elevada a categoria da Vila a Freguesia de S. Phillipe, do município de Maragogipe, com a denominação de Villa de S. Phillipe, que se comporá da freguesia do mesmo nome, da de Nossa Senhora da Conceição do Almeida e da Sant’Anna do Rio da Dona.
O secretario d’esta província a faça imprimir, publicar e correr.
Palácio da Presidência da Bahia, 29 de maio de 1880, 59° da Independência e do Império.

Antônio de Araújo de Aragão Bulcão




INSTALAÇÃO DA VILA

Só em 23 de novembro de 1883 teve lugar sua instalação. Sua sede foi elevada à categoria da cidade pelo Decreto-lei estadual número 19724, de 30 de março de 1938, em obediência ao Decreto Federal n° 311 de 02 de março do mesmo ano. Sua composição administrativa, de acordo com a lei número 628, de 30 de dezembro de 1953, é de três distritos sendo São Felipe, Caraípe e Dom Macedo Costa, sendo o último desmembrado do nosso município em 04 de abril de 1962. E foram eleitos seguintes Vereadores que prestavam o termo de juramento: Coronel Antônio de Carvalho Pinto Lima, José Leandro Gesteira, Padre Francisco Manoel da Purificação, Capitão Rufino Correia Caldas, Tenente Marcolino Pereira de Almeida e Francisco da Fonseca Rocha. As eleições para a Presidência e Vice-presidência da Câmara foram na mesma data da instalação da Vila.
Findada a eleição passou-se a contagens e apuração das cédulas, verificando-se que o Coronel Antônio C. Pinto Lima, obteve três votos, Padre Francisco Manoel da Purificação um voto e duas Cédulas em branco e eleição para vice-presidente obteve três votos o Padre Francisco Manoel da Purificação e o tenente Marcolino Pereira de Almeida um voto e duas cédulas em branco.

PADRES DA PARÓQUIA DE SÃO FILIPE E SÃO TIAGO DESDE 1719




PERÍODO                                                      PADRE
1719                                                               Pedro Fernandes Azevedo – D. Nasc. 06/01/1690
1797-98-1800                                                Manoel Gomes Coelho
1798    Antônio Vieira de Barros (Pároco até 1814)
1799                                                                José de Barros Santos                                           
1808 a 1810                                                    Antônio de Andrade Cunha    
1808-10-12-17-19-22-15-
33-36-37 e 40
1808-10-15-22-26                                          Manoel Plácido Martins
1808                                                                José Gomes da Silva
1812                                                                José Lopes da Fonseca                   
1813-16-18-19-23                                           Manoel Pereira Caldas
1818 a 1819                                                     José Dias Alvares
1820-21-24-25-28-33-39-45-                          Francisco Moreira de Souza
50-59
1820-22-33-40                                                 Francisco de Paula Lobo       
1824Isidoro de Barros
1824-32-38-41-52                                            Manoel de Almeida Paiva
1825-26-31-35                                                 José Jacinto de Fontes
1826                                                                  Olavo Manoel Rosa
1826                                                                  Antônio Joaquim Andrade
1827                                                                  Joaquim José Valadares
1831-33-35-37Raimundo da Costa Nogueira (Coadjutor)
1837 Bartolomeu de Almeida
1838Antônio José Teixeira
1839 a 1840                                                      Inácio Joaquim Pinto
1840                                                                  Francisco da Encarnação Freire
1840 a 1841                                                      Joaquim Cardoso Botelho (Coadjutor)
1842-43-45                                                        Antônio Eusébio Brandão
1843                                                                  Severino
1845Frei                                                            Galdino de S. Francisco
1847                                                                   Vitorino José da Silva
1848-50-52-54-58-60                                        José Coutinho Muniz
1848-63-66                                                        Cirilo Alexandrino de Oliveira d Souza
1849Antônio Joaquim de Moraes
1850-52-54-58-61-66-68-75-Francisco Manoel da Purificação (Coadjutor)
80-82-87
1850Clementino de Santa Tereza
1851João Carvalho
1851-1852Antônio Soares de Castro
1851-1853                                                            José Fonseca de Lima
1853                                                                     Gonçalo Pedreira do Couto
1857                                                                     João Paras da Silva
1858-62-65-68-70-74-78-84-                              Manoel Inácio Soares
86
1859                                                                     Manoel José Alvim
1862                                                                     Ivo José Ferreira
1863                                                                     Vitorino Coração de Maria
1864 a 1865                                                         Antônio Florêncio Alves Monteiro
1866-68-70-71                                                     José Pizane
1866Frei Francisco de Nossa senhora Pena
1866José de São Bento Baraúna
1867Elesbão Alves Sampaio
1868-71-74-75-78-80-83-87-Cornélio Ferreira dos Santos
1909-1903
1860-70Domingos Antônio Rossini
1870-1871 Miguel Ângelo Rossani
1871-75-78-84-90-99 Máximo Baptista Vilas Boas
1871 Ronulfo Gualberto Ferreira dos Santos
1871 Antônio Anselmo da Costa
1877 José da Silva Canedo
1880-82                                                                    Gabriel Guindice
1887-90                                                                    José Soares Santos
1887-90-92-95-98-1900 até 1925                            José Lourenço Barbosa dos Santos
1895-1903                                                                Florêncio Vieira
1900-1903                                                                Diogo Vaz Lordelo
1925-1930                                                                Florêncio Sisímo Vieira
1931-1956Arnulpho Custódio de Sena
1957 a 1958                                                             Francisco Tanajura, Valter Magalhães,                      José   Astrozildo e Osmar Valeriano Ribeiro
1958-1990                                                                Manoel Messias Costa
1990-1991                                                                Antenor Lourenço dos Santos
1991 a 2001                                                              Cristóvão Reis Brito de Figueiredo  
2001                                                                          Manoel Fernando de Araújo
                                                                                  Antonio Gregório
                                                                                  Walter Correia



terça-feira, 28 de agosto de 2018

UNIÃO DOS ARTISTAS SANFELIPENSES




O Grupo Musical “UNIÃO DOS ARTISTAS SANFELIPENSES”, fundado a 20 de maio de 1923, de iniciativa e acordo unanime dos artistas desta Vila de São Felipe, instalado em a casa de residência do Sr. Benedito Barbosa dos Santos, à rua Dr. J. J. Seabra, era constituído por número ilimitado de sócios de ambos os sexos, sem distinção de raça, religião e residente neste município.
O símbolo social era constituído por dois círculos concêntricos, tendo uma lyra no centro, de cor idêntica ao circulo externo, isto é, azul ferrete, sendo o interno amarelo.
A bandeira social tinha um fundo azul ferrete, assentando sobre este um grande circulo amarelo, onde destacar-se-á uma lyra de cor igual a do fundo.
O Grupo Musical UNIÃO DOS ARTISTAS SANFELIPENSES, tinha como fim promover o desenvolvimento da arte musical e vulgarização de seus benefícios, agradáveis e apreciáveis efeitos, proporcionar a alegria fazendo pela acústica desaparecer a monotonia da imparcialidade ao bom, útil e agradável, concorrer para o engrandecimento local e abrilhantamento das festas religiosas, patrióticas, homenageadas como quando lhe seja ao alcance.
O seu estatuto foi aprovado em sessão de Assembleia Geral em 16 d setembro de 1926. Sendo com Presidente o Sr. Benedito Barbosa dos Santos; Secretario Sr. Juvenitino Olavo da Silva e Relator o Professor Durval Dionysio da Silva. Em 20 de maio de 1930 foi formada uma nova diretoria sendo: Noberto Aragão – Presidente; Benedito Barbosa – Vice-presidente; Florentino Noya – Tesoureiro; Bartolomeu Queiroz – 1° Secretario; Israel Medrado – 2° secretario; Adelino C. Lima – 1° Orador; João Elizeu de Melo – 2° Orador; Oscar José Alves – Procurador; Miguel Pelegrini
MUNICÍPIO DE SÃO FELIPE
- Fiscal; Antonio Machado – Zelador, José da Cruz, Amélio Fagundes e o Padroeiro Lyra era São José.

MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS E CULTURAIS



Caminhada do Terrão – Evento sagrado, tratando-se de caminhada que rememora a via-crúcis. Na madrugada da Quarta- Feira da Semana Santa, grupos de fiéis percorre em procissão, num percurso de 08 km, o trajeto entre localidade do Terrão e a Sede do município, conduzindo o ícone do Santíssimo à frente.



Festa dos padroeiros São Felipe e São Tiago – Evento religioso comemorado no período de 24/04 a 03/05, de forte característica popular. Na sua parte hierática, são comemorados os santos padroeiros do município através de novena, missa solene, procissão com diversos andores ricamente ornamentados, e a queima de fogos de artifícios. No lado profano, o povo arma uma verdadeira festa de largo com dança.



Dia do Aniversário de Emancipação – Evento cívico constando de hasteamento de bandeira, sessão solene na Câmara Municipal e inauguração de caráter político.



Festa de São João – O são João de São Felipe é um dos mais tradicionais do Recôncavo baiano. Mantém na simplicidade da festa a mais rica hospitalidade do povo sanfelipense aliado a variedade de saborosos quitutes juninos e licores. É verdadeiro “São João de casa em casa”, cultivando por gerações em gerações. O seu início não podemos precisar exatamente quando tudo começou. No entanto, temos notícia que mais ou menos começou na década de 30, Manezinho Cerqueira que saía com seus amigos tocando e cantando de casa em casa. Na década de 40, o São João de São Felipe era o “point” da região, vindo pessoas de localidades vizinhas como Felipe Trombone de Cruz das Almas e Zé Pretinho de Baixa de Palmeira, para integrarem o grupo liderado por Honorato. A festança foi ficando cada vez mais animada e na década de 50 o grupo de tocadores e cantores era grande e forte, recebendo da população o nome de “Furiosa”. Este grupo era liderado por Ioiô Pelegrino (saxofone), cuja casa era o ponto de encontro – concentração – para saída. Faziam parte do grupo, entre outros: Patrão (violão), Zé Cachimbinho (tambor), Tonho de Lino (pandeiro), Constantino (cavaquinho), Brígido (prato), Benedito de Eleutério (Sanfona), Pacifico (sanfona). Arrastavam muitas pessoas por onde passavam com muita alegria e animação. A partir da década de 70, os filhos de Gerson e Railda Andrade Figueiredo, juntamente com Severino (Vi), Sales, João Alves (Trambique), entre outros formavam o grupo que tocavam e cantavam pelas ruas da cidade, sendo acompanhados por um monte de amigos de casa em casa. Em cada casa, porta abertas, sorrisos largos, mesa farta e satisfação de receber gente amiga e animada. Este Grupo continua forte e faz o São João um momento de reencontro dos sanfelipenses residentes com os que não mais residem, mais continua mantendo acesa na fogueira de seus corações o amor pela tão aconchegante terra de São Filipe e São Tiago.




Festa de Fim de Ano – Evento que comemora a passagem do Ano Velho ao Ano Novo, tem uma forte característica popular e conhecida como uma das melhores da região do Recôncavo. Este evento é comemorado na Praça Carlos Moura, onde a população se encontra para comemorarem a passagem do ano, sendo divertida com bandas de nível nacional. É uma festa sempre patrocinada pela prefeitura local.

PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E NATURAIS




Existem e existiram no nosso município os seguintes Patrimônios e Monumentos:




Em homenagem a Maria Auxiliadora, localizada frente à igreja Matriz, constituído de uma estatua da Virgem; foi inaugurado a 21 de dezembro de 1920, em consequência de um voto feito em 1900 pela esposa do Dr. Júlio Borges, então Juiz Municipal da Vila de São Felipe, para que esta fosse preservada da peste bubônica.



A estatua do Dr. José Marcelino de Souza, em memória do ilustre filho do município. O monumento está localizado na praça que recebe o seu próprio nome, lendo-se mármore a inscrição seguinte: “Magistrado 1873-1877; deputado Federal 1885-1889: Governador da Bahia 1904-1908; Senador Federal 1914-1917”. Foi inaugurado a 02 de dezembro de 1920



O monumento do Cônego José Lourenço Barbosa dos Santos – em 28 de maio de 1929, uma comissão composta dos senhores José Magalhães de Melo, Gumercindo Genis Ferreira, Álvaro Cordova Noia, Terencio José de Souza, Benedito Barbosa dos santos e Manoel Barbosa dos santos, tomaram a iniciativa de erguer em praça um monumento ao grande sanfelipense. Depois de intensa campanha conseguiram o busto de José Lourenço e só nove anos depois, em 04 de setembro de 1938, lograram o seu intuito, colocando-o em decente pedestal na praça que nesta cidade tem o seu nome e nas proximidades da Matriz que ele tanto amou.






Casa da Fazenda Bury, era localizada na localidade da Vila do Caraípe, sendo construída no final do século XIX, era interessante pela planta com dois anexos avarandados. Frontispício marcado por esteios também em madeira.





Igreja de São Benedito, localizada na localidade da Vila Caraípe, construída no final do século XVIII, embora sofrendo alterações que modificavam a sua planta original, guarda forte valor principalmente ambiental. Corpo central formado por nove principal e capela-mor. Coroa o corpo frontão ingênuo, de volutas, flanqueado por pináculos. Possui dois corpos laterais, cada um vazado por uma porta e um vão sineiro, à altura do coro.



Prefeitura Municipal, localizada na praça Cônego José Lourenço, 42, construída no ano de 1918. Edifício de relevante, interessante arquitetônico com um só piso. Acesso feito através de uma escadaria externa central que avançava sobre a rua. Fachada marcada não só pela escadaria, mas como de uma “loggia” e uma torre de relógio.











quarta-feira, 15 de agosto de 2018

CRIA O MUNICÍPIO DE D. MACEDO COSTA DESMEMBRADO DO DE SÃO FELIPE.

LEI Nº 1652 DE 4 DE ABRIL DE 1962


CRIA O MUNICÍPIO DE D. MACEDO COSTA DESMEMBRADO DO DE SÃO FELIPE.


O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e sanciono a seguinte lei:

Art. 1º Fica criado o município de D. Macedo Costa, desmembrado do de São Felipe, submetido aos seguintes limites.

COM O MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA:
Começa no lugar Jogo da Bola; daí em reta até o marco do lugar Ramos, daí por outra reta até o marco do lugar Cajazeira; daí pela reta que vai para a foz do rio Araçás ou Pilões no rio Caraí até encontrar a estrada das Três Bocas na passagem da fazenda de Aprígio Marques.

COM O MUNICÍPIO DE SÃO FELIPE:
Começa no ponto em que a reta tirada do lugar Cajazeira para a foz do rio Araçás ou Pilões no rio Caraí, corta a estrada das Três Bocas; daí em reta ao lugar Boa Paz; ainda em reta a foz do Rio Sapatuí, no Rio Caraí; desce por este até a foz do rio Jaguaripe; por este abaixo até a foz do rio Santo Antônio.

COM O MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS:
Começa no rio Jaguaripe na foz do riacho Santo Antônio; sobe por este até sua nascente; daí alcança em reta a nascente do riacho Tintureiro e desce por este até sua foz do riacho Pedra Branca; por este acima até a foz do riacho Mamede; sobe por este até a foz do riacho Jogo da Bola e por este acima até o lugar Jogo da Bola.

Art. 2º O Município D. Macedo Costa constará de apenas um distrito, o de D. Macedo Costa (sede).

Art. 3º A eleição para Prefeito e Vereadores do Município D. Macedo Costa terá lugar a sete (7) de outubro de 1962 e a instalação do município e posse dos eleitos a 7 de abril de 1963, cabendo a administração do seu território e interesses, até lá, ao município de São Felipe.

Art. 4º O município de São Felipe fica obrigado a aplicar no atual distrito de D. Macedo Costa, até sua instalação, setenta por cento (70%) da renda arrecadada no referido distrito.

Art. 5º O município de D. Macedo Costa responderá por parte da dívida do município de São Felipe, contraída até a data da publicação desta lei e a sua avaliação será feita em Juízo Arbitral, na forma do Código de Processo Civil, salvo acordo homologado pelas respectivas Câmaras Municipais.

Art. 6º Até que tenha legislação própria vigorará no novo município a legislação do município de São Felipe, salvo a lei orçamentária, que será decretada dentro de quinze (15) dias da instalação do município, por ato do Prefeito, mediante proposta do Departamento das Municipalidades.

Art. 7º Os funcionários municipais, com mais de dois (2) anos de exercício no território de que foi constituído o novo município, terão neste assegurados os seus direitos.

Art. 8º Os próprios municipais situados no território desmembrado passarão a se constituir propriedades do município ora criado, independentemente de indenização.

Art. 9º Os casos omissos nesta lei serão regulados pela Lei 140, de 22 de dezembro de 1948.

Art. 10 - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 4 de abril de 1962.

JURACY MAGALHÃES
Governador

Vista do Antigo MERCADO MUNICIPAL

  Vista do Antigo MERCADO MUNICIPAL , construído em 1889 pelo presidente do Conselho ( Presidente na Época ) Antônio de Carvalho Pinto Lima ...