terça-feira, 28 de agosto de 2018

UNIÃO DOS ARTISTAS SANFELIPENSES




O Grupo Musical “UNIÃO DOS ARTISTAS SANFELIPENSES”, fundado a 20 de maio de 1923, de iniciativa e acordo unanime dos artistas desta Vila de São Felipe, instalado em a casa de residência do Sr. Benedito Barbosa dos Santos, à rua Dr. J. J. Seabra, era constituído por número ilimitado de sócios de ambos os sexos, sem distinção de raça, religião e residente neste município.
O símbolo social era constituído por dois círculos concêntricos, tendo uma lyra no centro, de cor idêntica ao circulo externo, isto é, azul ferrete, sendo o interno amarelo.
A bandeira social tinha um fundo azul ferrete, assentando sobre este um grande circulo amarelo, onde destacar-se-á uma lyra de cor igual a do fundo.
O Grupo Musical UNIÃO DOS ARTISTAS SANFELIPENSES, tinha como fim promover o desenvolvimento da arte musical e vulgarização de seus benefícios, agradáveis e apreciáveis efeitos, proporcionar a alegria fazendo pela acústica desaparecer a monotonia da imparcialidade ao bom, útil e agradável, concorrer para o engrandecimento local e abrilhantamento das festas religiosas, patrióticas, homenageadas como quando lhe seja ao alcance.
O seu estatuto foi aprovado em sessão de Assembleia Geral em 16 d setembro de 1926. Sendo com Presidente o Sr. Benedito Barbosa dos Santos; Secretario Sr. Juvenitino Olavo da Silva e Relator o Professor Durval Dionysio da Silva. Em 20 de maio de 1930 foi formada uma nova diretoria sendo: Noberto Aragão – Presidente; Benedito Barbosa – Vice-presidente; Florentino Noya – Tesoureiro; Bartolomeu Queiroz – 1° Secretario; Israel Medrado – 2° secretario; Adelino C. Lima – 1° Orador; João Elizeu de Melo – 2° Orador; Oscar José Alves – Procurador; Miguel Pelegrini
MUNICÍPIO DE SÃO FELIPE
- Fiscal; Antonio Machado – Zelador, José da Cruz, Amélio Fagundes e o Padroeiro Lyra era São José.

MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS E CULTURAIS



Caminhada do Terrão – Evento sagrado, tratando-se de caminhada que rememora a via-crúcis. Na madrugada da Quarta- Feira da Semana Santa, grupos de fiéis percorre em procissão, num percurso de 08 km, o trajeto entre localidade do Terrão e a Sede do município, conduzindo o ícone do Santíssimo à frente.



Festa dos padroeiros São Felipe e São Tiago – Evento religioso comemorado no período de 24/04 a 03/05, de forte característica popular. Na sua parte hierática, são comemorados os santos padroeiros do município através de novena, missa solene, procissão com diversos andores ricamente ornamentados, e a queima de fogos de artifícios. No lado profano, o povo arma uma verdadeira festa de largo com dança.



Dia do Aniversário de Emancipação – Evento cívico constando de hasteamento de bandeira, sessão solene na Câmara Municipal e inauguração de caráter político.



Festa de São João – O são João de São Felipe é um dos mais tradicionais do Recôncavo baiano. Mantém na simplicidade da festa a mais rica hospitalidade do povo sanfelipense aliado a variedade de saborosos quitutes juninos e licores. É verdadeiro “São João de casa em casa”, cultivando por gerações em gerações. O seu início não podemos precisar exatamente quando tudo começou. No entanto, temos notícia que mais ou menos começou na década de 30, Manezinho Cerqueira que saía com seus amigos tocando e cantando de casa em casa. Na década de 40, o São João de São Felipe era o “point” da região, vindo pessoas de localidades vizinhas como Felipe Trombone de Cruz das Almas e Zé Pretinho de Baixa de Palmeira, para integrarem o grupo liderado por Honorato. A festança foi ficando cada vez mais animada e na década de 50 o grupo de tocadores e cantores era grande e forte, recebendo da população o nome de “Furiosa”. Este grupo era liderado por Ioiô Pelegrino (saxofone), cuja casa era o ponto de encontro – concentração – para saída. Faziam parte do grupo, entre outros: Patrão (violão), Zé Cachimbinho (tambor), Tonho de Lino (pandeiro), Constantino (cavaquinho), Brígido (prato), Benedito de Eleutério (Sanfona), Pacifico (sanfona). Arrastavam muitas pessoas por onde passavam com muita alegria e animação. A partir da década de 70, os filhos de Gerson e Railda Andrade Figueiredo, juntamente com Severino (Vi), Sales, João Alves (Trambique), entre outros formavam o grupo que tocavam e cantavam pelas ruas da cidade, sendo acompanhados por um monte de amigos de casa em casa. Em cada casa, porta abertas, sorrisos largos, mesa farta e satisfação de receber gente amiga e animada. Este Grupo continua forte e faz o São João um momento de reencontro dos sanfelipenses residentes com os que não mais residem, mais continua mantendo acesa na fogueira de seus corações o amor pela tão aconchegante terra de São Filipe e São Tiago.




Festa de Fim de Ano – Evento que comemora a passagem do Ano Velho ao Ano Novo, tem uma forte característica popular e conhecida como uma das melhores da região do Recôncavo. Este evento é comemorado na Praça Carlos Moura, onde a população se encontra para comemorarem a passagem do ano, sendo divertida com bandas de nível nacional. É uma festa sempre patrocinada pela prefeitura local.

PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E NATURAIS




Existem e existiram no nosso município os seguintes Patrimônios e Monumentos:




Em homenagem a Maria Auxiliadora, localizada frente à igreja Matriz, constituído de uma estatua da Virgem; foi inaugurado a 21 de dezembro de 1920, em consequência de um voto feito em 1900 pela esposa do Dr. Júlio Borges, então Juiz Municipal da Vila de São Felipe, para que esta fosse preservada da peste bubônica.



A estatua do Dr. José Marcelino de Souza, em memória do ilustre filho do município. O monumento está localizado na praça que recebe o seu próprio nome, lendo-se mármore a inscrição seguinte: “Magistrado 1873-1877; deputado Federal 1885-1889: Governador da Bahia 1904-1908; Senador Federal 1914-1917”. Foi inaugurado a 02 de dezembro de 1920



O monumento do Cônego José Lourenço Barbosa dos Santos – em 28 de maio de 1929, uma comissão composta dos senhores José Magalhães de Melo, Gumercindo Genis Ferreira, Álvaro Cordova Noia, Terencio José de Souza, Benedito Barbosa dos santos e Manoel Barbosa dos santos, tomaram a iniciativa de erguer em praça um monumento ao grande sanfelipense. Depois de intensa campanha conseguiram o busto de José Lourenço e só nove anos depois, em 04 de setembro de 1938, lograram o seu intuito, colocando-o em decente pedestal na praça que nesta cidade tem o seu nome e nas proximidades da Matriz que ele tanto amou.






Casa da Fazenda Bury, era localizada na localidade da Vila do Caraípe, sendo construída no final do século XIX, era interessante pela planta com dois anexos avarandados. Frontispício marcado por esteios também em madeira.





Igreja de São Benedito, localizada na localidade da Vila Caraípe, construída no final do século XVIII, embora sofrendo alterações que modificavam a sua planta original, guarda forte valor principalmente ambiental. Corpo central formado por nove principal e capela-mor. Coroa o corpo frontão ingênuo, de volutas, flanqueado por pináculos. Possui dois corpos laterais, cada um vazado por uma porta e um vão sineiro, à altura do coro.



Prefeitura Municipal, localizada na praça Cônego José Lourenço, 42, construída no ano de 1918. Edifício de relevante, interessante arquitetônico com um só piso. Acesso feito através de uma escadaria externa central que avançava sobre a rua. Fachada marcada não só pela escadaria, mas como de uma “loggia” e uma torre de relógio.











quarta-feira, 15 de agosto de 2018

CRIA O MUNICÍPIO DE D. MACEDO COSTA DESMEMBRADO DO DE SÃO FELIPE.

LEI Nº 1652 DE 4 DE ABRIL DE 1962


CRIA O MUNICÍPIO DE D. MACEDO COSTA DESMEMBRADO DO DE SÃO FELIPE.


O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e sanciono a seguinte lei:

Art. 1º Fica criado o município de D. Macedo Costa, desmembrado do de São Felipe, submetido aos seguintes limites.

COM O MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA:
Começa no lugar Jogo da Bola; daí em reta até o marco do lugar Ramos, daí por outra reta até o marco do lugar Cajazeira; daí pela reta que vai para a foz do rio Araçás ou Pilões no rio Caraí até encontrar a estrada das Três Bocas na passagem da fazenda de Aprígio Marques.

COM O MUNICÍPIO DE SÃO FELIPE:
Começa no ponto em que a reta tirada do lugar Cajazeira para a foz do rio Araçás ou Pilões no rio Caraí, corta a estrada das Três Bocas; daí em reta ao lugar Boa Paz; ainda em reta a foz do Rio Sapatuí, no Rio Caraí; desce por este até a foz do rio Jaguaripe; por este abaixo até a foz do rio Santo Antônio.

COM O MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS:
Começa no rio Jaguaripe na foz do riacho Santo Antônio; sobe por este até sua nascente; daí alcança em reta a nascente do riacho Tintureiro e desce por este até sua foz do riacho Pedra Branca; por este acima até a foz do riacho Mamede; sobe por este até a foz do riacho Jogo da Bola e por este acima até o lugar Jogo da Bola.

Art. 2º O Município D. Macedo Costa constará de apenas um distrito, o de D. Macedo Costa (sede).

Art. 3º A eleição para Prefeito e Vereadores do Município D. Macedo Costa terá lugar a sete (7) de outubro de 1962 e a instalação do município e posse dos eleitos a 7 de abril de 1963, cabendo a administração do seu território e interesses, até lá, ao município de São Felipe.

Art. 4º O município de São Felipe fica obrigado a aplicar no atual distrito de D. Macedo Costa, até sua instalação, setenta por cento (70%) da renda arrecadada no referido distrito.

Art. 5º O município de D. Macedo Costa responderá por parte da dívida do município de São Felipe, contraída até a data da publicação desta lei e a sua avaliação será feita em Juízo Arbitral, na forma do Código de Processo Civil, salvo acordo homologado pelas respectivas Câmaras Municipais.

Art. 6º Até que tenha legislação própria vigorará no novo município a legislação do município de São Felipe, salvo a lei orçamentária, que será decretada dentro de quinze (15) dias da instalação do município, por ato do Prefeito, mediante proposta do Departamento das Municipalidades.

Art. 7º Os funcionários municipais, com mais de dois (2) anos de exercício no território de que foi constituído o novo município, terão neste assegurados os seus direitos.

Art. 8º Os próprios municipais situados no território desmembrado passarão a se constituir propriedades do município ora criado, independentemente de indenização.

Art. 9º Os casos omissos nesta lei serão regulados pela Lei 140, de 22 de dezembro de 1948.

Art. 10 - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 4 de abril de 1962.

JURACY MAGALHÃES
Governador

BANDEIRA




BANDEIRA DO MUNICÍPIO


Formada pelas cores: Vermelha (na forma da faixa vertical); Amarelo (sendo representada por uma cruz e pelos bastões dos padroeiros da cidade), Azul (na forma de faixa horizontal) e o Branco (na forma da faixa horizontal). A bandeira do nosso município foi criada no dia 29 de maio de 1979, pelo então prefeito Sr. Raimundo dos santos Ferreira. 

BRASÃO


terça-feira, 14 de agosto de 2018

Rio Caraís

 O Caraís é o o maior rio genuinamente sanfelipense. 



Percurso: Nasce no segundo distrito do município, próximo a Vila Caraípe, no seu percurso encontramos a barragem do Buri dai o rio segue próximo a estrada que liga a sede do município com a Vila Caraípe, onde cruza a estrada passando por um vale nas proximidades do povoado do Jenipapo onde recebe as águas do rio Pilões dai em destino as proximidade do antigo lixão, onde cruza a ponte da BR 242 banhando a região da Boa Vista cruzando a ponte da estrada que liga a localidade da Ilhota seguindo, e recebendo as  aguas de mais um afluente o rio Sapatuí, dai cruzando a ponte da estrada que liga as localidades do Mutum em São Felipe ao Jacarandá do município de Dom Macedo Costa, seguindo até sua foz no rio Jaguaripe.


Alguns de seus principais afluentes: Rio Pilões, Riacho do Melo, Rio Sapatui, riacho da fazenda Medrado.

Represas: Barragem do Buri

Pontes: 
Ponte do Buri, Ponte da BA 496, Ponte que liga a BR 242 ao povoado do Jenipapo Ponte Velha da Fazenda Medrado, ponte da BR242, Ponte da Boa Vista, Ponte do Jacarandá


Foto 1: rio Caraís tirada em cima da ponte Velha sentido a BR242.

Foto 2: Rio Carais tira em cima da Ponte Velha sentido a Região do Jenipapo

Foto 3: Riacho da Fazenda Medrado








O encontro entre os rios Caraís e o rio Pilões, se dá entre a fazenda Pouso Alegre e o Povoado do Jenipapo

Foto 4: Encontro dos Rios Caraís e Pilões



Foto 5: Ponte que Liga o povoado do Jenipapo e a BR 242 








Video cedido por Juracy Nóbrega, encontro do riacho do Melo com o Rio Carais.







Foto 6: Imagem via satélite do rio Caráis cedida por Juracy Nobrega, trecho onde recebe as águas do riacho do Melo até sua foz no rio Jaguaripe. Este percurso tem uma distância de aproximadamente 3,5km.
















Reportagem rio Caraís

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Dom Antonio Macedo Costa


Dom Antonio Macedo Costa – Apelido o “Crisóstomo Brasileiro”, nasceu a 07 de agosto de 1830, na localidade de São Domingos e batizou-se a 22 de agosto de 1830 na Igreja da Freguesia de São Felipe. Faleceu em Barbacena a 31 de maço de 1891. O município de Maragojipe também disputa o privilégio de tê-lo como filho ilustre.
Dom Antonio Macedo Costa, orador sagrado e escritor, pela sua cultura e erudição, pela correção dos seus escritos e elevação de suas ideias, terá sempre um lugar distinto na história da literatura brasileira.
D. Antonio tomou parte na célebre questão religiosa em que esteve empenhado D. Frei Vital de Oliveira, bispo de Pernambuco; com este prelado, foi o bispo do Pará processado pelo governo imperial e encerrado no fortaleza da ilha das Cobras (1873-1875)
E (afirma-se) autor da notável pastoral coletiva dos bispos brasileiros, em que o episcopado declara aceitar a República e igual procedimento aconselha ao clero e aos fiéis.
Biografia – Pio IX, Pontífice-rei, Bahia, 1860 – Resumo da História Bíblica, New York, 1872 – Direito ou Estado sobre Tudo, 1874 – Compêndio da Civilidade Cristã, 1880 – Catecismo da Doutrina Cristã, etc... além de sermões, de inúmeras cartas pastorais e discursos, entre os quais merece menção: Discurso pronunciado em 28 de setembro de 1888, por ocasião da entrega da Rosa de Ouro à Princesa Imperial ( Princesa Isabel).


sábado, 11 de agosto de 2018

Cônego José Lourenço Barbosa dos Santos

Cônego José Lourenço Barbosa dos Santos – Nasceu no dia 10 de agosto do ano de 1860, no lugar chamado “Cruzeiro do Riachão”, nas proximidades desta cidade e no lar abençoado e profundamente católico dos seus dedicados pais, Capitão Marcelino Barbosa dos Santos e dona Olímpia Teófila Barbosa dos Santos. Na santidade daquela casa e sob o carinho afetuoso dos seus genitores, crescia José Lourenço, demostrando vivacidade e inteligência invulgares. Percebendo então os seus pendores para faina religiosa, logo após a conclusão do curso primário, o Capitão Marcelino providenciou a sua matrícula no Seminário da Bahia, em Salvador, onde ele fez um brilhante curso, e, mis tarde, transferido para o Seminário de Fortaleza, no Ceará, recebida a 20 de dezembro de 1884, as ordens sacerdotais, com apenas 24 anos de idade. Celebrada a sua primeira missa, foi em seguida nomeado vigário de Alcobaça, neste Estado. Porém, pouco tempo se demorou naquela Freguesia, uma Vês que, em 08 de setembro de 1887, tomava posse do paroquiato desta Freguesia de São Felipe e São Tiago, cargo para o qual fora nomeado pelo Arcebispo Primaz, em virtude de haver falecido em 21 de julho do mesmo ano, o saudoso Cônego Manoel Inácio Soares. Desde então São Felipe permaneceu sob a guarda pastoral, até 04 de fevereiro de 1925, num longo e proveitoso período de 37 anos, 04 meses e 06 dias. Culto, ativo e incansável trabalhador, positivou desde início um vontade férrea de engrandecedor a Igreja em sua nova paroquia, procurando dotar esta Freguesia com um Templo digno dos seus filhos, pastoreados espiritualmente com zelo inexcedível, comprovado exuberantemente  pela tradição religiosa que ainda hoje São Felipe ostenta com galhardia; e que é bem um opimo fruto do seu aprimorado labor no trato incessante da vinha do Senhor. Aí está a nossa Matriz, obra de rara beleza arquitetônica, e, para sua completa remodelação muito contribuiu o gênio artístico e o batalhar diuturno e continuo de José Lourenço. Como político, ainda na Monarquia, foi filiado ao Partido Conservador. Proclamado a República e já muitíssimo estimado eis que José Lourenço foi eleito Conselheiro Municipal em 1900 e logo escolhido para presidir o Conselho. Exerceu essa função com brilhantismo, apresentado e justificando no decorrer do mandato, muitos projetos de real interesse para o novo município.
Notada a sua vocação administrativa, de pronto surgiu a sua candidatura e consequente eleição de Intendente Municipal, para o quatriênio de 1904 a 1907, cargo que soube desempenhar com eficiência, tendo então construído o Mercado Municipal as suas custas e doado à municipalidade. Novamente os sanfelipenses o elegeram seu Intendente para o quatriênio de 1916 a 1920, quando ergueu e doou parcialmente ao município o belíssimo prédio do Poço Municipal. Ainda em 1923, fazendo parte do Conselho Municipal e já adoentado e combalido nas suas reservas físicas, mais uma vez cedendo aos impulsos patrióticos, voltou ao cargo de Intendente, no exercício de cujas as funções a Morte o veio a colher, por cerca das 21 horas do dia 04 de fevereiro de 1925, aos 64 anos, 05 meses e 25 dias vividos do Bem ao próximo. Como Intendente ainda construiu os Açougues Municipais e o primeiro edifício da Detenção.
Dotado de visíveis pendores para a arquitetura, construiu vários prédios urbanos, dando-lhes sempre uma feição distinta, para o que muito contribuiu suas constantes viagens aos centros civilizados. Viajou pelo velho mundo, visitando Portugal, Espanha, França, Itália, onde esteve  com o Santo Padre de então; atravessou o deserto do Saara em trajes babuíno, chegou ate Síria e o Egito, indo aos lugares santos da velha Jerusalém e adjacências ligadas a vida do meigo Jesus, inclusive ao Santo Sepulcro. Em 1° de janeiro de 1901, saudando o início do século XX, inaugurou com pomposas festas, a antiga Praça José Marcelino (hoje onde se localiza o Açougue Municipal), erguendo no centro da mesma, um artístico Cruzeiro todo de ferro, dando novo impulso ao logradouro então chamado “A Baixinha” ( hoje Rua Cel. Ceciliano Gusmão). Em 19 de setembro de 1901, fez circular o primeiro número do semanário “ ESCUDO SOCIAL” que fundou e dirigiu até a sua morte e que com progresso e disseminador de suas ideias em favor da coletividade. José Lourenço era jornalista dotado de fina verve e lutador pertinaz que manejava apenas com coragem e destemor, em prol das boas causas. Em sua carreira eclesiástica foi distinguido com horas de Cônego Honorário de Catedral  Metropolitana, condecorado pelo Papa Pio X com medalha “ Pro Eclésia et Pontífice”, e, mais tarde as honras de Monsenhor.
Em 17 de agosto de 1924, regressando de Salvador onde fora em busca de melhoras para a saúde, recebeu significativa manifestações promovida por muitíssimos paroquianos e conterrâneos. Após a celebração da Santa missa em ação de graças, foi S. Revdmª acompanhado de grande cortejo até a Prefeitura Municipal, onde ingressou através de verdadeira sagração popular, discursando nessa ocasião o Padre Florêncio Sizinio Vieira, que era então seu substituto coadjutor e os senhores Alvoro da Silveira Pinheiro e João Eliseu de Melo, cujas orações e homenagens respondeu comovidíssimo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

CRISE AGRÍCOLA NO RECÔNCAVO BAIANO (1890-1910): Município de São Felipe/Bahia

FELIX SOUZA SANTOS 



CRISE AGRÍCOLA NO RECÔNCAVO BAIANO (1890-1910): Município de São Felipe/Bahia 


Dissertação apresentada ao Mestrado em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social da Universidade Católica do Salvador, como requisito final para obtenção do Grau de Mestre. Linha de pesquisa: Territorialidade, desenvolvimento social e meio ambiente. Orientadora: Profa. Drª. Maria Helena Matui Ochi Flexor.


BEVENUTO NOIA

  Bevenuto Nóia – Nasceu no dia 27 de junho de 1879. Umas das pessoas de espirito progressista da época, foi último Intendente no município ...